Decidir sobre a gestão condominial: Sindico Profissional ou Síndico Morador?
Com minha experiência, alguns dos argumentos citados entre os condôminos são: “Sindico Profissional não trata a coisa como sua, já que não é o efetivo proprietário”. “Sindico morador é leigo e pode ser usado até como laranja, pelas administradoras”. “Sindico profissional aparece apenas algumas horas no condomínio, o que de fato ele faz?”. “Síndico Morador se elege com a única intenção de não pagar condomínio”.
Antes de você concluir o que é melhor para o seu condomínio, me cumpre informar o que representa cada figura: o Síndico morador, geralmente, é aquela pessoa que despende de um pouco mais de tempo e se dispõe a gerir um condomínio, de forma mais leiga, como atividade complementar, no intuito de colaborar com aquela comunidade. Já o síndico profissional, como o próprio nome diz, se trata daquele que leva a gestão condominial, a sua profissão, e assim, deveria ter mais conhecimento dos melhores caminhos a serem efetivamente tomados na esfera do condomínio. Com brevidade nas palavras opino que no mundo atual, gerir um condomínio é como gerir uma empresa.
A responsabilidade do síndico, seja morador, seja profissional envolve o seu próprio CPF, ou seja, reponde civil e criminalmente por todos os atos na sua gestão. Pela definição supra, obviamente, um profissional é o ideal. Este obteve certificação, estudou detalhadamente os possíveis problemas que possam ocorrer dentro de um condomínio. Contudo, não significa que um síndico morador dedicado não esteja apto para uma gestão eficaz, ao contrário: quanto maior a dedicação, maior a eficiência. Os síndicos moradores muitas vezes são preferidos pela presença efetiva. Isto quer dizer que os condôminos, muitas vezes, confiam mais naquele que é dono do imóvel que faz parte do todo (condomínio) pela sensação de confiança, como se este jamais atuasse contra seus próprios interesses.
Outro argumento favorável ao síndico morador é a economia. Por óbvio, muitos condôminos acreditam que pagar um profissional é desnecessário. Ainda assim, acredito que aquele que leva da gestão condominial, o seu “ganha pão” fatalmente impulsionará de uma forma melhor, as decisões necessárias ao condomínio, e neste ponto é que se afasta a informação de que o síndico profissional não trata a coisa como sua, por exemplo.
A sua responsabilidade passa a ser maior. Outro ponto desfavorável a atuação do síndico morador é que este pode beirar a parcialidade, senão vejamos: um síndico morador possui um vizinho que se tornou um grande amigo, mas este, por algum motivo, infringe alguma regra passível de aplicação de multa regulamentar. Que situação esse síndico se encontra? Ao passo que o síndico profissional goza de imparcialidade.
A verdade é que podem existir prós e contras em ambas as gestões e passaria algumas páginas dissertando-as, mas o fundamental é observar a demanda do seu condomínio. Faço este comentário, já que a grande resistência nas contratações de um profissional é o gasto que isso demanda, mas lançar seu patrimônio nas mãos de pessoas amadoras, pode lhe causar gastos ainda muito maiores.